domingo, 10 de junio de 2007

Perto - Marina Castro

PERTO...
Marina Castro

Morde de leve a boca molhada do coração
que chamou pelo nome o dia inteiro aqueles olhos cor de tímidez...
vendo a razão burra
de quem tenta convencer o amor
que tudo é só paixão
mas não entende que o amor é o irmão siamês da paixão...
razão que colocou as mãos nos ouvidos
dessa proteção exagerada
para que o amor não ouvisse a tua voz
se aproximando da saudade
e ela corresse pra te abraçar
quando o teu sorriso chegasse no pensamento
dessa que é tudo isso e faz-me um nada diante de mim dessa que é vontade de sair correndo
atirar-se com toda força
nos braços do desejo que é também saudade,
mas hoje foi apenas: vontade de estar perto.

sábado, 9 de junio de 2007

ESPERANÇA SE ENTREGOU AO TEMPO... Marina Castro



ESPERANÇA SE ENTREGOU AO TEMPO...
Por: Marina Castro
Junho 2007


Teus olhos... ah teus olhos...
empurram o pensamento que vai-e-vém
no balanço da saudade;
saudade é medrosa
quer sentir o vento no rosto
pra fazer-se grande e ser lembrança boa,
pede q teus olhos não parem de empurra-la;
saudade cresceu tanto e virou sonho,
criou asas e foi até aqueles doces lábios,
provar o mel do beijo c gosto de vôo,
de mãos perdidas nas costas nuas
a tocarem estrelas e o céu da boca
a rolarem em nuvens macias de paixão...
Anjo que virou demônio
no inferno ardente do teu corpo sobre o meu;
no inferno de sensações deliciosas
mergulhado no íntimo do silêncio
com sua língua de fogo
a queimar por dentro e por fora.
Em teus braços o coração ouve a erupção do teu
quase a explodir
os bicos dos pássaros gêmeos que pousaram sobre o seio
bicam a flor da tua pele...
Sou fogo que virou pedra
sou ilha perdida na imensidão do oceano de saudades,
que une a nossa distância;
ilha escondida em um canto qualquer do coração
que ouve a lua
e não tem nada a dizer aos teus olhos cor de estrelas
brilhando no peito que sente o sol;
sol que acaricia com gotas de suor
a face do amor,
que brilha no rosto da humildade
de uma esperança que se entregou ao tempo...

lunes, 4 de junio de 2007

FUGAS...Marina Castro



FUGAS...
Por: Marina Castro


Fugindo do coração
partiu a saudade
que escodido na bagagem levou
os olhos cor de tímidez...
De que adianta ficar só
se há tanto em mim de nós dois?
De que adianta não olhar para o espelho
se escovando os dentes sempre dou de cara
com os meus brilhando o teu sorriso
na menina dos olhos?
Solidão não é para os fracos!
E mesmo os poetas
são tentados pela solidão
cometem loucuras em horas noturnas de saudade que tortura
e depois volta pra fazer doer
nos sonhos que não dormem
enquando o coração deixa um pouco em paz o pensamento...
Ah, minha maldita lua azul!
Aponta esse teu olho pra longe de mim;
deixa eu partir partida,
pela minha covardia;
não posso ser tão boa para esse
desejo
que se vestiu de amor
ou foi o amor que veio montado no desejo?
Sei lá!
Maldição dos anjos é o amor:
- Nos seremos anjos e eles terão apenas um coração
que mesmo fraco não vai poder ser jogado trocado ou jogado fora,
fracos corações vencidos pelo amor...
esse amor tão maior que a razão...

CORRENTEZAS... Marina Castro



CORRENTEZAS...
Por: Marina Castro
Junho 2007


Rindo por dentro...
por fora tenho um brilho parecido
com os teus olhos cor de correntezas
que levam-me pra dentro
do que penso o tempo inteiro...
não tenho medo de escorregar nas pedras
me afogar em ondas de consciência
que tentam me afastar dessa
que já está dentro do coração;
Não sei nadar, mas vou tão fundo em teus olhos...
sinto o calor frio e trêmulo das mãos;
vejo teu corpo sobre as águas de minutos
que me arrastam para os braços dos teus lábios,
o vento da lembrança, afaga as folhas das árvores
que nós escondem na cachoeira dos desejos,
Águas transparentes deixam ver o fundo
mas escondem na areia
a verdade secreta que há no coração,
tenho medo, pq já me afoguei em lágrimas
quando te vi partir com um sorriso nos olhos
e um herdeiro no colo...
quando te vi voltar com o coração
dilacerado pela ingratidão...
Morri naquela manhã, morri em cima da cama
com todos olhando pra mim
perguntando o que havia acontecido;
mas lágrimas não falam,
elas apenas choram a dor que não sangra
mas destrói tudo por dentro...
a dor que'u escondia,
mas todos já sabiam que era você
que partia seguindo a sua vida
e o meu coração tirando a minha;
Meu coração foi tão desgraçado,
que ainda me manteve viva!
me transformando em mulher
passada no fogo da covardia
do que o tempo faz com as ilusões...
O amor é tão surpreendente!
Que agora faz meus olhos arderem,
vendo tuas feições,
no anjo que te confortou
da dor que faz os homens chorarem...
Sobreviventes do amor:
eu: por tê-lo como o encanto
que veio fazer-me o mau,
com tua simples presença
na existência imatura e debutante...
sem encostar um dedo
sobre o que amadurecia sobre camisetas...
tu: com teu amor imenso, grande,
quase do tamanho da primeira vez
que descobri nos olhos da mãe,
que o nome daquilo era amor!
um palpitar desenfreado batendo-me no peito,
e'u sem entender o nada
acreditava que ia esquecer no outro dia,
mas ele já não me deixava se quer dormir...
O amor te levou tão alto
e depois te soltou para a queda
quase infinita da ingratidão
que quis apenas satisfazer um egoísmo ingrato...
Sobrevivemos!
E agora somos adultos adulterados
pelo lado real do amor.

Renata... Naza Meskita

Renata...
Por: Naza Meskita


Teus olhos dançaram tantas vezes
nas minhas pumpilas que desabafavam
entre um copo e outro
entre tantos sonhos incomuns...
mas agora q segue em busca do teu sonho
estou aqui sentindo o medo
de perder-te para a vontade que também é minha
somos loucas, desvairadas
doces e perfumadas
somos moças querendo ser mães
e sei que derrubariamos até o muro de Bérlim
se ainda estivesse de pé
pa alçançarmos nossos sonhos,
mas tudo tem um sentido
e a vida não nos puniu àtoa
nos fazendo apenas flores
sem o que pra tantas vem tão fácil
e tão fácil elas dão descarga
ou matam como uma doença;
Quero tantos filhos
gêmeos ou até mais,
mas quero mais ainda
a tua mão amiga sobre o meu ombro
enquanto chorarmos bêbadas
olhando uma pra outra sem dizer nada
e nos abraçamos sabendo de tudo
o que passamos tentando apenas sermos mães...
Você é minha mãe pq já te dei tanto trabalho
com as minhas bebedeiras
e te permiti segredos
que escondo até de mim.
Vá, mas vá sabendo q estou aqui...

* O que uma mulher não faz pra ter um filho... Dedicada a minha amiga Renata Milhomem.

Cinco horas indigentes - Ébano Silva



Cinco horas indigentes
Por: Ebano Silva
Junho 2007


Cansaço ...
e tive apenas a grama para sentar;
fome...
e tive apenas os olhos
que cheiravam o vento com cheiro de comida;
sede...
e tive apenas os olhos
molhados da revolta sedenta, querendo beber água;
todos...
e tive apenas cds
que repetiam canções
para me ajudar na hora vazia do ócio;
pensamentos...
e tive apenas a lembrança
do copo d'agua que neguei ao
que bateu no portão
quando eu estava deitado e não atendi;
pessoas...
e tive apenas a solidão
no meio da multidão,
no vai-e-vém de concorrentes
cobertos de esperanças pelo sol de fim de tarde;
dúvidas...
e tive apenas a certeza que depois daquele dia
sem carro, sem celular e sem dinheiro
fui um indigente por cinco horas
desesperado do outro lado da vida...
Ao lado da sugismunda vergonha,
que nos afasta para não passar perto;
dos imundos que olhamos e fingimos não ver;
dos desgraçados que querem apenas um prato de comida;
dos miseraveis que já foram anjos
dormindo no seio maternal...
E'u que aquela hora tive o tridente da consciência
convencendo-me a razão que somos todos irmãos...

Delírios - Marina Castro



DELÍRIOS
Por: Marina Castro
25052007

Muda língua...
muda e carismática,
faz feliz o frio
que tomou-me o arrepio;
nervosas mãos...
que se atropelam de desejo
perdidas nas curvas
do demônio com cheiro de pêssego;
pernas selvagens...
abraços gêmeos que domam
o frenezi de gemidos,
que percorrem as entranhas
perdidos no céu doce e molhando da boca;
doces lábios...
que mordem,
passeiam de mãos dadas com os joelhos
deleitamdo-se em pétalas orvalhadas
do que esse beijo nos causou...
olhos em chamas...
queimam-se perdidos na brancura ofuscante
da nudez selvagem
que se rebela sobre os cobertores;
mata sem piedade
o que quebra o silêncio
e espalha à flor da pele
o vermelho, o estalo,
o néctar de larvas
que se misturam ao suor dos delírios...

Definições incertas de uma certeza - Marina Castro



Definições incertas de uma certeza
Por: Marina Castro
19052007


O que é a saudade?
Se não essa vontade
que te materializa em meu silêncio
e me cobre de mais saudade!
O que é o silêncio?
Se não os meus olhos
tentando te enxergar no estrondo
que ecoa do coração,
que me fez voar,
saiu atrás do vento,
perdido em teu olhar
parado atrás da tela;
enquanto essa ...
que me incendeia
e atira às loucuras,
domina as idéias,
vira poesia,
retorna ao íntimo
dos pensamentos
e me cala outra vez
diante do teu encanto tímido
alheio e tão meu.

Acariciando saudades - Marina Castro



ACARICIANDO SAUDADES
Por: Marina Castro
25052007

Não fala nada!
deixa a saudade acariciar
teu sorriso cansado,
deitado no colo da vontade de te ver;
Deixa os olhos se perderem no silêncio
e trocarem mudos segredos
sorrindo uma para a outra
eu e a menina boba que brilha dentro
dos teus olhos,
sorrindo esse sorriso besta
que só quem já viu
os olhos ofuscarem o espelho
com o brilho da paixão
poderia traduzir as partituras
do coração que canta o teu nome
e te tem em meu silêncio,
escondido embaixo de cobertores e travesseiros
com os pés gelados
dessa falta de você...

Ao longe - Claraflor



AO LONGE ...
Por: Marina Castro
26052007

O vazio da casa falou ao coração
disse coisas que teus olhos
nunca teria coragem de revelar aos meus
e'u quieta, no colo da lembrança
ouvi o coração da esperança
que bateu teu nome feito canção
de ninar adormecendo o sonho
que guardo na redoma da paixão;
olhei para tuas imagens
gravadas na recordação
tão lindo o teu sorriso
agora já desenhado pelo tempo
em linhas escritas por Deus
e pela vida que os anjos te permitiram,
tu estas tão lindo
e'u hipnotisada na primeira vez que te vi
guardo-te como naqueles vinte e uns
passando ali...
onde sempre nos viamos
com a cor da juventude estampada
em teu sorriso
que me deu o arco-íris
de contentamente
todas as vezes que te vi passa ao longe, baby.

Docemente quente - Marina Castro



Docemente quente
Marina Castro
24052007


O frio vestiu-me de arrepio
a canção da madrugada
fria e chuvosa
embala nossos corpos nus
sobre a cama florida
de estampas coloridas...
Sinto teus lábios
acariciarem os suspiros
do delírio que sem presa
desabotou minha frágil tímidez;
loucuras giram os olhos pela mão...
perdida em mim
reencontro-me nas cortinas
derramamdo-me nos braços
que me atiram de um lado para o outro
ao carnaval dos nossos desejos...
Volto a mim
sem vida,
o calor das tuas costas me veste,
teu fogo me aquece
sobre as tuas pernas,
acolho-te lentamente
em minhas outras partes,
vou ao céu da tua boca
morder-te de leve a outra ...
Enquanto o beijo
enlouquece-te ainda mais.
Ainda é cedo
e já me levas
apertando-me a mão
para a chuva quente
que o teu delírio
derrama sobre o suor
que veste o nosso silêncio...

ESSA SAUDADE É A TUA CARA... Claraflor



ESSA SAUDADE É A TUA CARA...


Peguei as malas da minha saudade
fui até teus olhos,
entrei novamente no labirinto dos sonhos
que guardei
pra sentir pelo menos o cheiro da tua alma
quando já não aguentasse mais de saudade
e as tuas mãos me tocassem outra vez
com o carinho que foi tão nosso um dia...
Vamos saudade, vamos voltar p a realidade
e continuarmos sozinhas!
Trancadas na fragilidade de quem soube o que é amor
de quem agora sabe, qual é o gosto amargo
da ausência, que importuna o que estronda
dentro do peito chamando o teu nome
o que chora abraçado com o amor
querendo de volta o meu amor...

Marina Castro


Para Caroline Moreira, que ainda ama o ex...
(Itanhaém - SP) com carinho!

Maldita-bendita paixão - Marina Castro



Maldita-bendita paixão
Por: Marina Castro
Maio 2007


Apaixonar-se é tão fácil
reapaixonar-se é meio complicado;
apaixonar-se tem duração
reapaixonar-se quase não tem cura;
a paixão passa
e deixa só a vontade de rir
de tudo que tivemos coragem
contagiados pelo vírus da paixão;
a repaixão dá mais de duas vezes
além de matar de vergonha...
a paixão faz rir depois que passa
mas enquanto não passa, faz chorar por dentro
tentando ser forte ou fingir que se é forte;
a paixão escravissa, humilha, constrange
mas liberta, exalta e pede desculpas depois q vai embora...
a paixão não é amor
pq se fosse amor não teria graça nenhuma
dizer tantas vezes por aí: - Eu te amo!
Com o sentido de: - Eu sou apaixocado por você!
A paixão envergonha,
pq nos desmoraliza e se quer nosso coração
nos obedece mais...
a paixão faz crescer,
pq enquanto não passa
ela te convence aos poucos
que você se ama muuuuuito
e não pode amar alguém pq
confundiu o amor c a paixão...
a paixão é uma falsa
pq te joga contra pessoas q não são apenas amigas
são quase irmãos;
paixão é covarde
pq ela te faz acreditar
q um simples sorriso despretencioso
foi uma chance q veio p vc...
A paixão é egoísta
pq ela te faz sentir um nada
e de repente vc começa a acreditar
q a sua opinião não conta pra você
e que não pode esquecer
pq tem q lutar pelo amor...
Mas a pior coisa q uma paixão pode fazer contigo
é ser uma repaixão antiga
com aquele corpinho do primeiro amor...
Ah, meu filho...
aí vc já era
pq você não resiste e fica cego de sonhos idiotas
que tentam te jogar contra quem sempre foi,
APENAS SEU AMIGO...
A única forma de covardia que acho justa
é aquela que permite as pessoas cegamente apaixonadas
a voltarem a enxergar que tudo quase foi perdido
pq vc foi curioso
e quis provar de novo
o gosto daqueles lábios
que te encantaram lá pelos vintes uns.
Essa covardia que dá dignidade
de nos salvarmos desse
monstro que nos mantem vivos (coração)...

RADIANTE - Claraflor



RADIANTE
Por: Claraflor
03062007


Segura a mão do olhar que te segue ao longe...
leva-o para dentro do encanto tímido,
abraça sem dizer nada,
o desejo que se confunde com o amor;
o amor, que foi só apelido e quase matou de desejo;
o desejo, que une meus olhos ao teu sorriso;
Me dá de travesseiro o teu coração,
batendo apresado, musicado com o som
do teu afago em meus cabelos...
Vamos cavalgar em sonhos
segurando nas redeas do silêncio,
que suspira em nossos olhos entreabertos
queimando de coisas
que só as paredes do atrevimento jurariam guardar,
junto com outros segredos de coração
que escondi de mim
para o eu não acreditar
que o amor deu-me asas
e'u partisse em busca do teu coração...
fosse armada... com a louca vontade
de trazer-te para minha felicidade
de portas, janelas, cortinas;
cheirando a bolo, almoço fresco
e risadas perdidas embaixo do edredom
Fosse... com o teu corpo perfumando a nudez da alma,
com gotas de paixão e o teu sorriso
acenando de dentro do peito
para o meu, que riria sozinho
radiante com o sol brilhando no coração teu e meu...

viernes, 1 de junio de 2007

Mãe-vó, mãe Lúcia - Claraflor



Mãe-vó, mãe Lúcia
1º varal literário - Campinas
01062007


Mãe, que não colocou no mundo,
mas colocou um sentido no mundo vazio
do coração repleto de nêuras;
mãe, que sempre deu-me o colo do seu sorriso
cor de aurora boreau,
secou tristezas com suas poucas palavras,
afagando a desilusão sentada ao lado de sua poltrona
onde o cheiro do seu perfume ainda me parte ao meio,
me resume a uma saudade que não passa;
saudade que faz rir com a lembrança,
faz chorar com a vontade
que ainda tenho de tocá-la;
mãe, que alimentou a fome de amor
apertando-me contra o peito...
e o estômago da presa
que correu atrás da felicidade
saciou-se no colo
da mãe, que não disse nada
disse tudo no silêncio dos seus olhos risonhos e atentos
mãe-vó... mãe-Lúcia...

FLORES - Claraflor

FLORES
Por: Claraflor
01062007


Cadê a flor?
que guardei entre as páginas da lembrança
p dar-me um carinho
com o doce canto
e a doçura da poesia;
Cadê minha flor?
que ouviu com amor
as minhas loucuras disfarçadas
de poesia
e da cor de inspirações
que as vezes são cinzar
como a tristeza...
mas não são tristezas,
pq ao poeta
a tristeza é só inspiração...
Que as vezes são tão coloridas
feito letras cor de rosa enfeitando a página
ou feito o jardim de sonhos que plantamos
todos os dias em nossas realidades;
Cadê a flor Aline???

Ah... Nina... estou morrendo... Claraflor



Ah... Nina... estou morrendo...
Por: Claraflor
01052007


Me empresta um pouco do veneno que não mata
mas leva até as nuvens
pra sonhar um pouco
e acreditar de novo
que o mundo ainda é bom
sem o meu sorriso alheio...
Esse veneno de poesia!
Ah... minha querida, maldita, megera,
desgraçada paixão cruel!
Como tens coragem de me ver assim...
derramando o sangue da minha tristeza
que escorre em lágrimas vermelhas de solidão...
no mudo sorriso que já não quer me fazer rir
e ainda me jogas a ilusão na cara dos meus sonhos tolos?
Ah... obceno, imoral, libertino, maldito coração!
Deixa eu ter paz!
Ao menos na hora da morte dessa
paixão que apunhala as costas
das minhas ilusões
e ainda sorri
enquanto vai ao chão o corpo dos meus sonhos
banhado no sangue da minha alma
revendo todos os momentos que fui feliz
ao lado do meu amor;
descendo escadas;
contando postes em nossas viagens;
ou até em horas noturnas
quando o grito do prazer ecoou
dentro das entrantas de um vulcão
que me encheu de larvas
e me levou pra tocar as estrelas..
Estou morrendo...
estou morrendo de amor...
Traga-me aqueles olhos cor de amizade,
para me levarem de mãos dadas
com as pumpila espelhadas
onde verei a menina que morreu sonhando...