domingo, 2 de diciembre de 2007

ÊXTASE - claraflor




24112007


Lágrimas de suor amamentam os lábios
de uma saudade q pos o peito pra dormir
chorando a falta dos alheios carinhos
e o ultimo suspiro da tola esperança
luxuria da sensibilidade
pintou os olhos de negro
vestiu suas gotas de laguna
e no agulha ganhou o ceu e o infeno
q possuem o ser na deliciosa sensação
quase infernal
do meu ceu estrelado d insonia
teu cheiro impregnado
no vazio das cortinas açanhadas
c o vento da madrugada
arranham as costas do travesseiro
e por um minuto inteiro
vão ao extase do choro preso na garganta
do tesão a devaçar suas forças
enfraquecidas d um vazio maior q o silencio
da euforia a enforçar a mão solitária
da sensação escondida entre as cobertas
cumplices do piscar d olhos
o pulsar do peito da orquidea a orvalhar petalas
e pintar as unhas do orgasmo c o seren

PÉS DESCALÇOS - claraflor




23112007

poros
estrondo cardiaco
e o q ainda há em mim do eu
q me arrastou pra dançar de pes descalços
até q o chão voltasse aos meus pés
depois dos teus olhos em outros olhos
nos mesmos olhos q incendiavam
o sorriso a triturar-me junto dos meus segredo
e o coração chorava por dentro a minha falta
de qdo eu era apenas eu
sem a maldição dos olhos demoniacos
a me levarem ao ceu
no extase das mil estrelas fogosas
perdidas no céu da boca q envenena o meu peito
contra mim e contra todas a loucura
dentro da anormalidade poetica
q escorre na face triste alegre
do q ainda estava quente
qdo o desejo
penetrou até o fundo da alma tarada em erupções
De amor ódio e tesão ...

ÓDIO - claraflor




07112007

morno faz de conta
a guiar pela mão o q fez de mim um tudo ou nada
a rodopiar pelo salão vestida da falsa alegria
q escondeu no fundo dos olhos o calor do fundo dos lábios
tão fundos abraçados a língua muda do silêncio
e o q roi por dentro
faz também rir olhando a cara nua da tristeza
no espelho do silencio
a negar o ciume q é só piada
de mão dada no canto escuro do peito
a rir de mim q não sei ser triste
ou da tristeza q ñ sabe ser eu por um eterna instante
d um minuto e meio
presa ao flash dos olhos tantricos
a envenenarem a minha'lma vestida de suor
e resentimento por ver meus lábios
em outros lábios e os outros lábios a rirem d mim
E de nós duas...

O COMA PERFEITO - claraflor



08/11/2007


Sentado em seu mesmo canto
o velho companheiro vestido em nicotina
de mãos dadas com o silencio absurdo
de pensamentos nus
a correr pelas entrequadras
Se foi a fumaça do q ainda queima por dentro
sem querer dizer-te nada
ou no silencio de um mesmo olhar
dizer-te tudo ...
O velho olhar que já foi menino
nos braços da ingenua tolice que fez de proposito
só pra maltratar mais um pouco a poesia
até que ela não fosse mais poesia
Fosse apenas silêncio
E o silêncio não fosse mais silencio
Fosse apenas a mudez
que levou a inspiração ao como perfeito

PORRE - Claraflor



07112007


corpo no chão
desenho de giz ao redor da neura
ao redor da falta de graça
embreagada saudade de dois dias seculares
uniu a desgraça á vã esperança do teu sorriso
e já nem sei quem sou
quando me acho debaixo do chuveiro
vestido no mesmo sorriso q usei pra enganar
a tristeza q fingia não estar triste
tristemente alegre
o bastante pra afogar o q era só tristeza
no vomito do que era alegre
vestido em sua mascara de um sorriso amarelo
Aqueles olhos atiraram no chão
a vá tentativa de olhar p as estrelas
e fingir q a lua não ria da fumaça q escondia
dentro do fiel alcatrão
as cinzas do tédio
as cinzas do inferno de sensações
unindo o
coração
ao desejo mais profundo d estrangular o peito
q amarrava a garganta e matava por dentro
escarrando no resto de nós o cuspe do cão...

FRIO - claraflor



04112007


vesti o corpo do sorriso que guardei dentro do armário da saudade
pra lembrar do riso besta que tão bobo fez a corte ao meu bobo eu
embriagada em paranoias com gosto de vinho no ceu da boca
da cretina saliencia que anda nua pela casa dos pensamentos
e lá de baixo eu quis gritar o nome ouvir o nome descendo as escadas
com ou sem boné ouvir o nome olhando a cara tola de uma vontade
enorme e tão grandemente pequenina a gritar dentro do meu inferno
de portas e cortinas
o meu inferno molhado c a chuva de novembro
e outras mais prazerosas que o teu inebriante veneno kalviniano
e outras neuras q a chuva fica olhando atras da janela
onde escorre a solidão que me faz poeta arrombada de euforia
que me faz virgem e quase uma maria
na casa muda e falante na casa que ainda canta o teu riso
dentro da caixa de pandora do coração que se foi
e voltou correndo com o olhar q guardei pra saudade...

HORAS VAGAS - claraflor




04112007


um drink
dois cubos d insonia n'alma gelada do fogo
q queima a outra perdida em horas vagas
Na almofada um pensamento insano
a dançar p os olhos nus
romanticas esperanças tolas
mais q nós e eles
q são apenas sonhos vestidos de desejo
O desgraçado peito
a tocar a canção do amor alheio e tão delas
Embriagadas esperanças cambaleando no fim da festa
onde o eu fugia de mim
e davamos d cara a face dos nossos olhos
Cinzeiro cheio do q resta d bom
da velha nova intensão
q ainda convence q é bom amanhecer
c o oleo sobre tela dos olhos pintados
sobre a viva lembrança do teu riso
respirar d novo o sol de um novo maldito dia
Quero a torre do patio
a lagrima piedosa do abutre
a devorar a mistica fé dos descrentes
na fé em Deus na fé em deuses
no deus dos olhos-anjos bebados
c cheiro d demonio
olhando o corpo nu dos pulsos
dançarem pelo ralo do banheiro
cortando por dentro a solidão

MIRAGEM - claraflor




claraflor


Anda por aí a escorrer nas curvas do Buriti
a lágrima que encheu a cara de alegria
efoi dormir triste no frio de novembro
a procurar o abraço da lembrança
a encontrar apenas o panteão da saudade
que me fez herói de um alheio medo
que me fez forte o bastante
pra seguir a fila de vagalumes enfileirados
no encarrafamentos de pensamentos
quando fui apenas um suspiro desesperado
no peito estrangulado
pelas ondas de Boa Viagem
e pelos olhos negros
a raiarem no vazio do peito
morto vivo da ilusão...

domingo, 16 de septiembre de 2007

SETEMBRO MUDO - claraflor



claraflor
17092007



Profana a consciência bruta
do que passeia em flores de ipês amarelos!
Como é doce o veneno rabugento dos velhos hábitos
de pirraças que fizeram rir de tão sem graça...
Caídas flores mortas-vivas q desfaleceram na manhã
daquele domingo de sol,
frescas ao pé do ipê dono de velhos pensamentos
que passaram por ali àquela mesma hora
ao sol de um setembro mudo e tão falante
ecoando a voz que ecoa explicações olhando para o relógio...
Ao longe os olhos perdidos no engarramento de lembranças
se abraçaram ao sorriso que o fez companhia no farol
Ah... como era lindo aquele sol-riso!
Que já não era nosso ou pra nós dois
mas ficamos ali diante dele
feito bobos da corte do humor negro
que roubou nossas fotos
q tomam a mente e o corpo
e vai por aí apaixonado em curvas fechadas
da estrada dos bandeirantes.
E o núcleo da maldição dos anjos
me manteve vivo pelo eterno segundo de um sinal vermelho
batendo com força no bumbo do peito triste de tanta saudade
partindo-nos ao meio na guerra silênciosa
entre a covardia e a coragem de proibir sentimentos
saudades que almoçaram o coração
e comeram de sobremesa a raiva manhosa
que se foi com o coração na mão escondendo lágrimas
no espelho d'água da recordação
Mãos dadas em uma caminhanda
entre os pinheiros de Márcia e a praça das fontes
e um setembro mudo.

Não vou ao meu enterro - Marcelo Girard



NÃO VOU AO MEU ENTERRO - 16/09/2007
Marcelo Girard


Para evitar o cheiro das flores
O choro do meu inimigo
O encontro de meus dois amores
As roupas apertadas
Parede de madeira envernizada

O sono silencioso dos sonhos
A maquiagem fora de moda
Rabecão correndo sem cuidado
Pertences pelo coveiro roubados

Eu virar santo
Qualquer um da autópsia
Desnudar o manto

Um padre desconhecido
A missa comprada
Uma reza obrigada
E em vida me lembrar
Que não fui nada.

Soneto ao Coração - Nathan de Castro



Soneto ao Coração - 13/09/2007

© Nathan de Castro

Antes que o nada em nada se transforme,
deixo um soneto tolo ao coração,
que tanto amou sem reclamar da enorme
parede que escrevi sobre a paixão.

E antes que o corpo em vida se deforme,
agradeço a fiel dedicação,
mas por favor te peço, agora, dorme.
Permita-me uns minutos de razão!

Preciso caminhar em liberdade,
sinto-me prisioneiro das saudades
e as minhas asas pesam como luas...

Ah! Velho coração, a nossa estrada
precisa de uns instantes de alvoradas,
para acalmar o tempo e as suas gruas.

domingo, 10 de junio de 2007

Perto - Marina Castro

PERTO...
Marina Castro

Morde de leve a boca molhada do coração
que chamou pelo nome o dia inteiro aqueles olhos cor de tímidez...
vendo a razão burra
de quem tenta convencer o amor
que tudo é só paixão
mas não entende que o amor é o irmão siamês da paixão...
razão que colocou as mãos nos ouvidos
dessa proteção exagerada
para que o amor não ouvisse a tua voz
se aproximando da saudade
e ela corresse pra te abraçar
quando o teu sorriso chegasse no pensamento
dessa que é tudo isso e faz-me um nada diante de mim dessa que é vontade de sair correndo
atirar-se com toda força
nos braços do desejo que é também saudade,
mas hoje foi apenas: vontade de estar perto.

sábado, 9 de junio de 2007

ESPERANÇA SE ENTREGOU AO TEMPO... Marina Castro



ESPERANÇA SE ENTREGOU AO TEMPO...
Por: Marina Castro
Junho 2007


Teus olhos... ah teus olhos...
empurram o pensamento que vai-e-vém
no balanço da saudade;
saudade é medrosa
quer sentir o vento no rosto
pra fazer-se grande e ser lembrança boa,
pede q teus olhos não parem de empurra-la;
saudade cresceu tanto e virou sonho,
criou asas e foi até aqueles doces lábios,
provar o mel do beijo c gosto de vôo,
de mãos perdidas nas costas nuas
a tocarem estrelas e o céu da boca
a rolarem em nuvens macias de paixão...
Anjo que virou demônio
no inferno ardente do teu corpo sobre o meu;
no inferno de sensações deliciosas
mergulhado no íntimo do silêncio
com sua língua de fogo
a queimar por dentro e por fora.
Em teus braços o coração ouve a erupção do teu
quase a explodir
os bicos dos pássaros gêmeos que pousaram sobre o seio
bicam a flor da tua pele...
Sou fogo que virou pedra
sou ilha perdida na imensidão do oceano de saudades,
que une a nossa distância;
ilha escondida em um canto qualquer do coração
que ouve a lua
e não tem nada a dizer aos teus olhos cor de estrelas
brilhando no peito que sente o sol;
sol que acaricia com gotas de suor
a face do amor,
que brilha no rosto da humildade
de uma esperança que se entregou ao tempo...

lunes, 4 de junio de 2007

FUGAS...Marina Castro



FUGAS...
Por: Marina Castro


Fugindo do coração
partiu a saudade
que escodido na bagagem levou
os olhos cor de tímidez...
De que adianta ficar só
se há tanto em mim de nós dois?
De que adianta não olhar para o espelho
se escovando os dentes sempre dou de cara
com os meus brilhando o teu sorriso
na menina dos olhos?
Solidão não é para os fracos!
E mesmo os poetas
são tentados pela solidão
cometem loucuras em horas noturnas de saudade que tortura
e depois volta pra fazer doer
nos sonhos que não dormem
enquando o coração deixa um pouco em paz o pensamento...
Ah, minha maldita lua azul!
Aponta esse teu olho pra longe de mim;
deixa eu partir partida,
pela minha covardia;
não posso ser tão boa para esse
desejo
que se vestiu de amor
ou foi o amor que veio montado no desejo?
Sei lá!
Maldição dos anjos é o amor:
- Nos seremos anjos e eles terão apenas um coração
que mesmo fraco não vai poder ser jogado trocado ou jogado fora,
fracos corações vencidos pelo amor...
esse amor tão maior que a razão...

CORRENTEZAS... Marina Castro



CORRENTEZAS...
Por: Marina Castro
Junho 2007


Rindo por dentro...
por fora tenho um brilho parecido
com os teus olhos cor de correntezas
que levam-me pra dentro
do que penso o tempo inteiro...
não tenho medo de escorregar nas pedras
me afogar em ondas de consciência
que tentam me afastar dessa
que já está dentro do coração;
Não sei nadar, mas vou tão fundo em teus olhos...
sinto o calor frio e trêmulo das mãos;
vejo teu corpo sobre as águas de minutos
que me arrastam para os braços dos teus lábios,
o vento da lembrança, afaga as folhas das árvores
que nós escondem na cachoeira dos desejos,
Águas transparentes deixam ver o fundo
mas escondem na areia
a verdade secreta que há no coração,
tenho medo, pq já me afoguei em lágrimas
quando te vi partir com um sorriso nos olhos
e um herdeiro no colo...
quando te vi voltar com o coração
dilacerado pela ingratidão...
Morri naquela manhã, morri em cima da cama
com todos olhando pra mim
perguntando o que havia acontecido;
mas lágrimas não falam,
elas apenas choram a dor que não sangra
mas destrói tudo por dentro...
a dor que'u escondia,
mas todos já sabiam que era você
que partia seguindo a sua vida
e o meu coração tirando a minha;
Meu coração foi tão desgraçado,
que ainda me manteve viva!
me transformando em mulher
passada no fogo da covardia
do que o tempo faz com as ilusões...
O amor é tão surpreendente!
Que agora faz meus olhos arderem,
vendo tuas feições,
no anjo que te confortou
da dor que faz os homens chorarem...
Sobreviventes do amor:
eu: por tê-lo como o encanto
que veio fazer-me o mau,
com tua simples presença
na existência imatura e debutante...
sem encostar um dedo
sobre o que amadurecia sobre camisetas...
tu: com teu amor imenso, grande,
quase do tamanho da primeira vez
que descobri nos olhos da mãe,
que o nome daquilo era amor!
um palpitar desenfreado batendo-me no peito,
e'u sem entender o nada
acreditava que ia esquecer no outro dia,
mas ele já não me deixava se quer dormir...
O amor te levou tão alto
e depois te soltou para a queda
quase infinita da ingratidão
que quis apenas satisfazer um egoísmo ingrato...
Sobrevivemos!
E agora somos adultos adulterados
pelo lado real do amor.

Renata... Naza Meskita

Renata...
Por: Naza Meskita


Teus olhos dançaram tantas vezes
nas minhas pumpilas que desabafavam
entre um copo e outro
entre tantos sonhos incomuns...
mas agora q segue em busca do teu sonho
estou aqui sentindo o medo
de perder-te para a vontade que também é minha
somos loucas, desvairadas
doces e perfumadas
somos moças querendo ser mães
e sei que derrubariamos até o muro de Bérlim
se ainda estivesse de pé
pa alçançarmos nossos sonhos,
mas tudo tem um sentido
e a vida não nos puniu àtoa
nos fazendo apenas flores
sem o que pra tantas vem tão fácil
e tão fácil elas dão descarga
ou matam como uma doença;
Quero tantos filhos
gêmeos ou até mais,
mas quero mais ainda
a tua mão amiga sobre o meu ombro
enquanto chorarmos bêbadas
olhando uma pra outra sem dizer nada
e nos abraçamos sabendo de tudo
o que passamos tentando apenas sermos mães...
Você é minha mãe pq já te dei tanto trabalho
com as minhas bebedeiras
e te permiti segredos
que escondo até de mim.
Vá, mas vá sabendo q estou aqui...

* O que uma mulher não faz pra ter um filho... Dedicada a minha amiga Renata Milhomem.

Cinco horas indigentes - Ébano Silva



Cinco horas indigentes
Por: Ebano Silva
Junho 2007


Cansaço ...
e tive apenas a grama para sentar;
fome...
e tive apenas os olhos
que cheiravam o vento com cheiro de comida;
sede...
e tive apenas os olhos
molhados da revolta sedenta, querendo beber água;
todos...
e tive apenas cds
que repetiam canções
para me ajudar na hora vazia do ócio;
pensamentos...
e tive apenas a lembrança
do copo d'agua que neguei ao
que bateu no portão
quando eu estava deitado e não atendi;
pessoas...
e tive apenas a solidão
no meio da multidão,
no vai-e-vém de concorrentes
cobertos de esperanças pelo sol de fim de tarde;
dúvidas...
e tive apenas a certeza que depois daquele dia
sem carro, sem celular e sem dinheiro
fui um indigente por cinco horas
desesperado do outro lado da vida...
Ao lado da sugismunda vergonha,
que nos afasta para não passar perto;
dos imundos que olhamos e fingimos não ver;
dos desgraçados que querem apenas um prato de comida;
dos miseraveis que já foram anjos
dormindo no seio maternal...
E'u que aquela hora tive o tridente da consciência
convencendo-me a razão que somos todos irmãos...

Delírios - Marina Castro



DELÍRIOS
Por: Marina Castro
25052007

Muda língua...
muda e carismática,
faz feliz o frio
que tomou-me o arrepio;
nervosas mãos...
que se atropelam de desejo
perdidas nas curvas
do demônio com cheiro de pêssego;
pernas selvagens...
abraços gêmeos que domam
o frenezi de gemidos,
que percorrem as entranhas
perdidos no céu doce e molhando da boca;
doces lábios...
que mordem,
passeiam de mãos dadas com os joelhos
deleitamdo-se em pétalas orvalhadas
do que esse beijo nos causou...
olhos em chamas...
queimam-se perdidos na brancura ofuscante
da nudez selvagem
que se rebela sobre os cobertores;
mata sem piedade
o que quebra o silêncio
e espalha à flor da pele
o vermelho, o estalo,
o néctar de larvas
que se misturam ao suor dos delírios...

Definições incertas de uma certeza - Marina Castro



Definições incertas de uma certeza
Por: Marina Castro
19052007


O que é a saudade?
Se não essa vontade
que te materializa em meu silêncio
e me cobre de mais saudade!
O que é o silêncio?
Se não os meus olhos
tentando te enxergar no estrondo
que ecoa do coração,
que me fez voar,
saiu atrás do vento,
perdido em teu olhar
parado atrás da tela;
enquanto essa ...
que me incendeia
e atira às loucuras,
domina as idéias,
vira poesia,
retorna ao íntimo
dos pensamentos
e me cala outra vez
diante do teu encanto tímido
alheio e tão meu.

Acariciando saudades - Marina Castro



ACARICIANDO SAUDADES
Por: Marina Castro
25052007

Não fala nada!
deixa a saudade acariciar
teu sorriso cansado,
deitado no colo da vontade de te ver;
Deixa os olhos se perderem no silêncio
e trocarem mudos segredos
sorrindo uma para a outra
eu e a menina boba que brilha dentro
dos teus olhos,
sorrindo esse sorriso besta
que só quem já viu
os olhos ofuscarem o espelho
com o brilho da paixão
poderia traduzir as partituras
do coração que canta o teu nome
e te tem em meu silêncio,
escondido embaixo de cobertores e travesseiros
com os pés gelados
dessa falta de você...

Ao longe - Claraflor



AO LONGE ...
Por: Marina Castro
26052007

O vazio da casa falou ao coração
disse coisas que teus olhos
nunca teria coragem de revelar aos meus
e'u quieta, no colo da lembrança
ouvi o coração da esperança
que bateu teu nome feito canção
de ninar adormecendo o sonho
que guardo na redoma da paixão;
olhei para tuas imagens
gravadas na recordação
tão lindo o teu sorriso
agora já desenhado pelo tempo
em linhas escritas por Deus
e pela vida que os anjos te permitiram,
tu estas tão lindo
e'u hipnotisada na primeira vez que te vi
guardo-te como naqueles vinte e uns
passando ali...
onde sempre nos viamos
com a cor da juventude estampada
em teu sorriso
que me deu o arco-íris
de contentamente
todas as vezes que te vi passa ao longe, baby.

Docemente quente - Marina Castro



Docemente quente
Marina Castro
24052007


O frio vestiu-me de arrepio
a canção da madrugada
fria e chuvosa
embala nossos corpos nus
sobre a cama florida
de estampas coloridas...
Sinto teus lábios
acariciarem os suspiros
do delírio que sem presa
desabotou minha frágil tímidez;
loucuras giram os olhos pela mão...
perdida em mim
reencontro-me nas cortinas
derramamdo-me nos braços
que me atiram de um lado para o outro
ao carnaval dos nossos desejos...
Volto a mim
sem vida,
o calor das tuas costas me veste,
teu fogo me aquece
sobre as tuas pernas,
acolho-te lentamente
em minhas outras partes,
vou ao céu da tua boca
morder-te de leve a outra ...
Enquanto o beijo
enlouquece-te ainda mais.
Ainda é cedo
e já me levas
apertando-me a mão
para a chuva quente
que o teu delírio
derrama sobre o suor
que veste o nosso silêncio...

ESSA SAUDADE É A TUA CARA... Claraflor



ESSA SAUDADE É A TUA CARA...


Peguei as malas da minha saudade
fui até teus olhos,
entrei novamente no labirinto dos sonhos
que guardei
pra sentir pelo menos o cheiro da tua alma
quando já não aguentasse mais de saudade
e as tuas mãos me tocassem outra vez
com o carinho que foi tão nosso um dia...
Vamos saudade, vamos voltar p a realidade
e continuarmos sozinhas!
Trancadas na fragilidade de quem soube o que é amor
de quem agora sabe, qual é o gosto amargo
da ausência, que importuna o que estronda
dentro do peito chamando o teu nome
o que chora abraçado com o amor
querendo de volta o meu amor...

Marina Castro


Para Caroline Moreira, que ainda ama o ex...
(Itanhaém - SP) com carinho!

Maldita-bendita paixão - Marina Castro



Maldita-bendita paixão
Por: Marina Castro
Maio 2007


Apaixonar-se é tão fácil
reapaixonar-se é meio complicado;
apaixonar-se tem duração
reapaixonar-se quase não tem cura;
a paixão passa
e deixa só a vontade de rir
de tudo que tivemos coragem
contagiados pelo vírus da paixão;
a repaixão dá mais de duas vezes
além de matar de vergonha...
a paixão faz rir depois que passa
mas enquanto não passa, faz chorar por dentro
tentando ser forte ou fingir que se é forte;
a paixão escravissa, humilha, constrange
mas liberta, exalta e pede desculpas depois q vai embora...
a paixão não é amor
pq se fosse amor não teria graça nenhuma
dizer tantas vezes por aí: - Eu te amo!
Com o sentido de: - Eu sou apaixocado por você!
A paixão envergonha,
pq nos desmoraliza e se quer nosso coração
nos obedece mais...
a paixão faz crescer,
pq enquanto não passa
ela te convence aos poucos
que você se ama muuuuuito
e não pode amar alguém pq
confundiu o amor c a paixão...
a paixão é uma falsa
pq te joga contra pessoas q não são apenas amigas
são quase irmãos;
paixão é covarde
pq ela te faz acreditar
q um simples sorriso despretencioso
foi uma chance q veio p vc...
A paixão é egoísta
pq ela te faz sentir um nada
e de repente vc começa a acreditar
q a sua opinião não conta pra você
e que não pode esquecer
pq tem q lutar pelo amor...
Mas a pior coisa q uma paixão pode fazer contigo
é ser uma repaixão antiga
com aquele corpinho do primeiro amor...
Ah, meu filho...
aí vc já era
pq você não resiste e fica cego de sonhos idiotas
que tentam te jogar contra quem sempre foi,
APENAS SEU AMIGO...
A única forma de covardia que acho justa
é aquela que permite as pessoas cegamente apaixonadas
a voltarem a enxergar que tudo quase foi perdido
pq vc foi curioso
e quis provar de novo
o gosto daqueles lábios
que te encantaram lá pelos vintes uns.
Essa covardia que dá dignidade
de nos salvarmos desse
monstro que nos mantem vivos (coração)...

RADIANTE - Claraflor



RADIANTE
Por: Claraflor
03062007


Segura a mão do olhar que te segue ao longe...
leva-o para dentro do encanto tímido,
abraça sem dizer nada,
o desejo que se confunde com o amor;
o amor, que foi só apelido e quase matou de desejo;
o desejo, que une meus olhos ao teu sorriso;
Me dá de travesseiro o teu coração,
batendo apresado, musicado com o som
do teu afago em meus cabelos...
Vamos cavalgar em sonhos
segurando nas redeas do silêncio,
que suspira em nossos olhos entreabertos
queimando de coisas
que só as paredes do atrevimento jurariam guardar,
junto com outros segredos de coração
que escondi de mim
para o eu não acreditar
que o amor deu-me asas
e'u partisse em busca do teu coração...
fosse armada... com a louca vontade
de trazer-te para minha felicidade
de portas, janelas, cortinas;
cheirando a bolo, almoço fresco
e risadas perdidas embaixo do edredom
Fosse... com o teu corpo perfumando a nudez da alma,
com gotas de paixão e o teu sorriso
acenando de dentro do peito
para o meu, que riria sozinho
radiante com o sol brilhando no coração teu e meu...

viernes, 1 de junio de 2007

Mãe-vó, mãe Lúcia - Claraflor



Mãe-vó, mãe Lúcia
1º varal literário - Campinas
01062007


Mãe, que não colocou no mundo,
mas colocou um sentido no mundo vazio
do coração repleto de nêuras;
mãe, que sempre deu-me o colo do seu sorriso
cor de aurora boreau,
secou tristezas com suas poucas palavras,
afagando a desilusão sentada ao lado de sua poltrona
onde o cheiro do seu perfume ainda me parte ao meio,
me resume a uma saudade que não passa;
saudade que faz rir com a lembrança,
faz chorar com a vontade
que ainda tenho de tocá-la;
mãe, que alimentou a fome de amor
apertando-me contra o peito...
e o estômago da presa
que correu atrás da felicidade
saciou-se no colo
da mãe, que não disse nada
disse tudo no silêncio dos seus olhos risonhos e atentos
mãe-vó... mãe-Lúcia...

FLORES - Claraflor

FLORES
Por: Claraflor
01062007


Cadê a flor?
que guardei entre as páginas da lembrança
p dar-me um carinho
com o doce canto
e a doçura da poesia;
Cadê minha flor?
que ouviu com amor
as minhas loucuras disfarçadas
de poesia
e da cor de inspirações
que as vezes são cinzar
como a tristeza...
mas não são tristezas,
pq ao poeta
a tristeza é só inspiração...
Que as vezes são tão coloridas
feito letras cor de rosa enfeitando a página
ou feito o jardim de sonhos que plantamos
todos os dias em nossas realidades;
Cadê a flor Aline???

Ah... Nina... estou morrendo... Claraflor



Ah... Nina... estou morrendo...
Por: Claraflor
01052007


Me empresta um pouco do veneno que não mata
mas leva até as nuvens
pra sonhar um pouco
e acreditar de novo
que o mundo ainda é bom
sem o meu sorriso alheio...
Esse veneno de poesia!
Ah... minha querida, maldita, megera,
desgraçada paixão cruel!
Como tens coragem de me ver assim...
derramando o sangue da minha tristeza
que escorre em lágrimas vermelhas de solidão...
no mudo sorriso que já não quer me fazer rir
e ainda me jogas a ilusão na cara dos meus sonhos tolos?
Ah... obceno, imoral, libertino, maldito coração!
Deixa eu ter paz!
Ao menos na hora da morte dessa
paixão que apunhala as costas
das minhas ilusões
e ainda sorri
enquanto vai ao chão o corpo dos meus sonhos
banhado no sangue da minha alma
revendo todos os momentos que fui feliz
ao lado do meu amor;
descendo escadas;
contando postes em nossas viagens;
ou até em horas noturnas
quando o grito do prazer ecoou
dentro das entrantas de um vulcão
que me encheu de larvas
e me levou pra tocar as estrelas..
Estou morrendo...
estou morrendo de amor...
Traga-me aqueles olhos cor de amizade,
para me levarem de mãos dadas
com as pumpila espelhadas
onde verei a menina que morreu sonhando...

miércoles, 30 de mayo de 2007

ESPERANÇAS ONDE MORAS? - Marina Nunes

ESPERANÇAS ONDE MORAS?
Por: Marina Nunes
23052007


Como te encontrar?
Como te achar
Dei-me tua mão
Leva-me contigo
Pra onde quiser
Dei-me uma chance

Esperança provoca uma chuva de estrelas
De verdes cores e flores a passar por mim
Levanta-me esperanças
Provoca uma tempestade
Toma uma atitude, provoca meu coração

Esperança olha estou morrendo leva-me
Talvez entre elas tão tenebrosa esferas
Sem dor sem perdão
Esse coração cansado

Faz da vida uma corrente forte
Tira-me esta revolta abriga-me
Em suas irreverências, pois.
Eu mereço todos os castigos
Por ser covarde
Não pertenço a esse mundo
Leva-me pelas correntes
De ventos até meu lugar mortal...

De: Angela Pa: Naza - Paulo Leminski

De: Angela Pa: Naza
30052007


“Escrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.
Sôo na dúvida que se separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala ,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa , leva
para ir do percalço ao espasmo.
Eis a voz, eis o deus, eis a fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala.
Sintonia para pressa e presságio”

Ao encontro dos nossos olhares - Marina Castro

Ao encontro dos nossos olhares
Por: Marina Castro
24052007


Vi aqueles olhos caminhando...
de repente eles pararam
no meio de um olhar que atravessou a rua,
que ficou guardado na memória da lembrança,
andava o olhar, de um lado para o outro
procurando o sorriso que veio morar no coração
que já não é meu ou dos teus encantos,
no coração que é apenas saudade;
Os olhos continuaram ali...
perdidos em nuvens de uma quarta qualquer
tentando entender o vazio,
que repetia sem parar
a mesma vontade
de te ver.
Cala-te saudade!
Já me basta esse silêncio
que me deixou sozinha
com o estrondo do coração,
que só pensa no encontro dos nossos olhares...

24/05/2007

Definições incertas de uma certeza - Marina Castro

Definições incertas de uma certeza
Por: Marina Castro
19052007



O que é a saudade?
Se não essa vontade
que te materializa em meu silêncio
e me cobre de mais saudade!
O que é o silêncio?
Se não os meus olhos
tentando te enxergar no estrondo
que ecoa do coração,
que me fez voar,
saiu atrás do vento,
perdido em teu olhar
parado atrás da tela;
enquanto essa ...
que me incendeia
e atira às loucuras,
domina as idéias,
vira poesia,
retorna ao íntimo
dos pensamentos
e me cala outra vez
diante do teu encanto tímido
alheio e tão meu.

19/05/2007

Ao longe - Marina Castro

AO LONGE
Por: Marina Castro
26052007


O vazio da casa falou ao coração
disse coisas que teus olhos
nunca teria coragem de revelar aos meus
e'u quieta, no colo da lembrança
ouvi o coração da esperança
que bateu teu nome feito canção
de ninar adormecendo o sonho
que guardo na redoma da paixão;
olhei para tuas imagens
gravadas na recordação
tão lindo o teu sorriso
agora já desenhado pelo tempo
em linhas escritas por Deus
e pela vida que os anjos te permitiram,
tu estas tão lindo
e'u hipnotisada na primeira vez que te vi
guardo-te como naqueles vinte e uns
passando ali...
onde sempre nos viamos
com a cor da juventude estampada
em teu sorriso
que me deu o arco-íris
de contentamente
todas as vezes que te vi passa ao longe, baby.

martes, 29 de mayo de 2007

SEI... Naza Meskita



SEI...
Marina Castro
29052007
22:29


Pensei q não iria doer
mas agora q me vejo
atirada no chão da saudade
q me empurrou do precipício
de um amor q não passa e só cresce,
saindo pelos sete buracos da cabeça
e afogando meu peito em sonhos debutantes;
sinto o fogo, dessas q escorrem na face da dor:
dor q não sangra, mas lateja na alma inflamada de amor,
dançando tribalistas e queimando as mãos
da saudade recente q já não consegue
mais alcançar a mão do sorriso
q nunca me fez nada
e me fez mulher
sem me encostar um dedo
nos braços de um encanto
q pegou meus trinta e uns
e fez de menina boba reapaixonada
por tudo q tive no silencio
de uma saudade
q me trouxe até os braços de quem foi tanto
pra mim...
e para os meus tolos sonhos de poeta;
pra quem me ensinou a voar com as asas da poesia...
Estou caindo... estou caindo...
e sei q vou morrer essa noite
me esvairindo em lágrimas;
p q minhas asas se perderam
na covardia da autoridade
q tentou dar moral no coração
q reteve o poder da força
q fiz em vão...

ASAS DE POESIA - Claraflor



Por: Claraflor
29052007
22:25h

Estou passando pra deixar um pedaço
do coração que me leva partida
sem o teu sorriso...
Deixo esse pedaço de coração
pra te lembrar em algum momento
de dúvida
que em algum lugar do mundo,
há um coração meio morto meio vivo
cambaleando no peito,
fingindo ter esquecido
q segue, faltando um pedaço
o que deixei contigo
para quando ousares duvidar do amor;
ouvir a vida pulsando em teu peito
e deixar os teus olhos seguirem
no vazio da lembrança,
até q vejas os meus olhos cor de sonho,
na porta daquela casa
que acolheu todo o amor
que era teu,
que me fez mulher
sem encostar um dedo...
e ensinou-me a voar
com as asas de poesia...

De: Angela Pa: Naza



Vσssσ cσrαçãσ cσหђєcє єм silêหciσ σs
      sєgrєđσs đσs điαs є đαs หσitєs.
    றαs vσssσs συviđσs αหsєiαм ρσr συvir
        σ qυє vσssσ cσrαçãσ sαвє.
    Dєsєjαis cσหђєcєr єм ραlαvrαs αqυilσ
   qυє sємρrє cσหђєcєstєs єм ρєหsαмєหtσ.
    Qυєrєis tσcαr cσм σs đєđσs σ cσrρσ
  đє vσssσs sσหђσs. Є έ вσм qυє σ đєsєjєis.
 Ą Բσหtє sєcrєtα đє vσssα αlмα ρrєcisα вrσtαr є
     cσrrєr, мυrмυrαหđσ, ραrα σ мαr;
    Є σ tєsσυrσ đє vσssσαs ρrσԲυหđєzαs
  iliмitαđαs ρrєcisα rєvєlαr-sє α vσssσs σlђσs.
   Mαs หãσ υsєis вαlαหçαs đє ρєsαr vσssσs
       tєsσυrσs đєscσหђєciđσs;
  Є หãσ ρrσcυrєis αs ρrσԲυหđiđαđєs đє vσssσ
   cσหђєciмєหtσ cσм υмα vαrα συ υмα sσหđα.
     ㄗσrqυє σ Єυ έ υм мαr sєм liмitєs
          є sєм мєđiđαs.

          (Kђαlil Giвrαห)

INDAGAÇÃO - Nathanael

Natanael: Um poema diferente....

INDAGAÇÃO
POr: Nathanael
20052007


Os homens estavam viscosos e as mulheres meladas dos pântanos.Como indagarás sem deixar que a resposta me atinja? Espera em silêncio. Ou sim. Desembarquei nu e como estava frio confundiram-me com um leão marinho, anjo gordo. Deram-me asas de peixe-voador. Meu vôo foi inelutavelmente pro corpo da amiga e meu alvo foi exatamente sua mão direita, onde uma tatuagem sinalizava território marcado. Ou não. Mas o meu trapézio latejava sob a nuca. E como fazer outra coisa que não fosse colocar o tato da amiga sobre a poesia trapezoidal? Desembarquei sem finalidade até que comecei a voar para seus olhos, eram águas-vivas. Seus cabelos-folhas de água. Seus lábios-corais frisados. Seu rosto semelhava ilha inaudita. Só admitiu intimidades sobre o trapézio. E meu ser nunca iria além de Shangri-Lá. Só tu sabes da minha eternidade inadaptada. Por isso, meu discípulo, é que me enxergas com uma borracha apagando o ser. Larga

ELE VIVIA -

ELE VIVIA
Nathanael
29052007

Ele vivia como se não sofresse. Pulava os monturos de cinzas químicas. Como se nunca tivesse amado. Mas eu sabia do seu amor potencial. A coragem lhe vinha de nunca ter sido atingido ou se o foi aconteceu há muito.
Mordidas em seu coração não eram senão cócegas. Aquela bomba nuclear que viste não lhe atingiu. Você acredita nisso?
Porém, não te fies nele, agora. Não te aproximes. Não faças barulho. Está muito diferente. Não tem mais aquela delicadeza que me viste imitar e que era mais dele do que minha. Eu acreditava que podia ser como ele, quando era calmo e espelhado como a superfície de teus olhos.
Mas bastou ele enxergar o vulto leve e flutuante sob novos céus, bastou isso para a mudança. O Deus se fez escravo e abandonou suas criaturas.
Avalias agora como o teu vulto transparente traz tempestades e catástrofes?

CONVICÇÃO DE POETA - Andrade Jorge

CONVICÇÃO DE POETA


Convictamente o texto da vida reli,
sobre o amor quase tudo aprendi,
sou poeta escrevo com zanga, ironia, alegria, ardor
elegendo o amor, zombei da dor.

Entretanto ela se fez muda, quieta,
dissimuladamente na mistificação predileta,
friamente esperou o instante exato,
pra oferecer com regalo seu gélido prato.

Despertou faceira, glamurosa
escandalosamente espaireceu manhosa,
fez-se absoluta, senhora,
e sarcasticamente dizia “agora é minha hora”.

___ “Poeta tu me isolas, deixa-me só,
e nos teus escritos sufoca-me sem piedade nem dó,
contudo sem o manto da poesia não tens prudência,
assim subjugo-o com a sanha da minha essência.”

sem a pena e o papel
és só mais um mortal ...

28/05/07

ANDRADE JORGE

http://andradejorgepoesias.vilabol.uol.com.br

Eu e o teu sorriso SÁ-fado, amor - Marina Castro



Eu e o teu sorriso SÁ-fado, amor.
Por: Marina Castro
29052007


Eu e o teu sorriso SÁ-fado, amor.
Por: Marina Castro
29052007


Eu mataria
eu roubaria
eu gritaria
eu xingaria
eu empurraria
eu descabelaria
eu bateria
eu bateria
eu bateria
eu tremeria
eu não sentiria
essas unhas cravadas no coração...
eu choraria sorrindo
eu respiraria fundo
eu iria pra dentro de mim
eu procuraria um jeito
eu encontraria um caminho
eu te daria um beijinho
eu acalmaria o que ferveu-me o sangue
eu riria de mim e de você
eu não ligaria p elas
eu esperniaria
eu tomaria satisfação
eu protegeria o idiota q bate aqui dentro
eu esconderia o que transborda em minha'lma pequena pra todo esse...
eu salvaria o coração
eu esconderia o rosto
eu ficaria vermelha
eu me lambusaria inteira na tua saliva
eu me afogaria em teus lábios
eu acordaria com a lua
eu iria dormir nos braços do sol
eu...
tanta coisa...
e só uma palavra por mim...

UM CORPO AO VENTO... Claraflor



UM CORPO AO VENTO...
Por: Claraflor
29052007


Saudade é veneno
que leva a alma aos poucos,
para o céu vermelho
do inferno da solidão...
Saudade é o inferno
que carrego dentro
dos sonhos perdidos
e das lembranças achadas,
nas curvas da saudade,
covarde saudade,
que estupra a força que faço
pra não lembrar, não pensar, não querer,
estar junto do teu cheiro de pitanga
estar perto do teu corpo ébano,
dos teus lábios doces como a ilusão
da tua presença,
afagando os cabelos
do coração,
que dormiu no colo do encanto,
desse sol-riso-teu
e acordou na lama da realidade,
que ainda hoje convida-me
pra subir no último andar,
encorajando a falta de coragem
a virar covardia
e atirar ao vento o corpo
dessas poesias picadas em pedacinhos.


http://www.mensagensangels.com.br/chaodegiz.htm

lunes, 28 de mayo de 2007

DEVANEIOS.- Claraflor



DEVANEIOS.
Por: claraflor de Maio
27052007


A borboleta voou
voou e pousou na idéia
que tentava se entender na madrugada
suas olheiras se olharam no espelho
o coração queria poder falar
mas estava mudo
com o amor que encheu-lhe o peito
de sonhos e tolices
tolices tão sérias como segredos
que rondavam a casa vazia
e tão cheia de saudades.
A borboleta voou
e pousou na tela azul
procurando um canto
pra deixar seus devaneios poéticos...

DEIXAR-SE DESINTREGRAR...- Helena Jorge

DEIXAR-SE DESINTREGRAR...
Por: Helena Jorge
26052007


Gosto do brilho dos teus olhos,
Quando me observam, gulosos...
Gosto do perfume da tua pele,
Quando nossos cheiros se misturam...
Gosto do movimento das tuas mãos,
Capazes de orquestrar todos os meus sentidos...
Gosto do toque quente do teu corpo,
Quando cola no meu e me dá a sensação
Do mais completo aniquilamento...
Gosto de acariciar minha pele e refazer os
caminhos - mapas marcados à fogo - quando me navegas
com a tua boca.
Gosto de me sentir incendiar e derreter...
Enfim, gosto - ser noturno que sou - de todos os infernos do amor !!!

De: Star Pa: Claraflor (Adélia Prado)

De: Star Fire
Pa: Claraflor
27052007

“O poder que eu quisera é dominar meu medo.
Por esse grande dom troco meu verso, meu dedo,
meus anéis e colar.
Só meu colo não ponho no machado,
porque a vida não é minha.
Com um braço só, uma só perna,
ou sem os dois de cada um, vivo e canto.
Mas com todos e medo, choro tanto
que temo dar escândalo a meus irmãos.
Tristeza é o nome do castigo de Deus
e virar santo é reter a alegria.
Isso eu quero.”
( Adélia Prado)

De: Valeria Gambacorta Pa: Claraflor

De: Valeria Gambacorta
Pa: Claraflor
27052007

"A não-violência, em sua concepção dinâmica, significa sofrimento consciente. Não quer absolutamente dizer submissão humilde à vontade do malfeitor, mas um empenho, com todo o ânimo, contra o tirano. Assim, um só indivíduo, tendo como base esta lei, pode desafiar os poderes de um império injusto para salvar a própria honra, a própria religião, a própria alma e adiantar as premissas para a queda e a regeneração desse mesmo império."
Mahatma Gandhi.

Flores - Adélia Prado - Por Angela

Flores - Adélia Prado
27052007
Por: Angela


“A boa-noite floriu suas flores grandes, parecendo saia branca.
Se eu tocasse um piano elas dançavam.
Fica tão bom o mundo assim com elas,
que nem me desprezo por querer um marido.
Perfumam à noite.
A gaita de um menino que nunca morreu
toca erradinho e doce.
Eu cumpro alegremente minhas obrigações paroquiais
e não canso de esperar;
mais hoje, mais amanhã, qualquer coisa esplêndida acontece:
as cinco chagas, o disco voador, o poeta com seu cavalo
relinchando na minha porta.
Desejava tanto tomar bênção de pai e mãe,
juntar uns pios, umas nesgas de tarde,
um balançado de tudo que balança no vento
e tocar na flauta. É tão bom
que nem ligo que Deus não me conceda
ser bonita e jovem
- um dos desejos mais fundos da minha alma.
‘O Espírito de Deus pairava sobre as águas...’
Sobre o meu, pairam estas flores
e sou mais forte que o tempo.”

O tempo passa? Não passa! - Drummond (Por: Deep Blue)

O TEMPO PASSA? NÃO PASSA
Carlos Drummond de Andrade
27052007


O tempo passa?
Não passa no abismo do coração
lá dentro, perdura a graça
do amor, florindo em canção.

O tempo nos aproxima
cada vez mais, nos reduz
a um só verso e uma rima
de mãos e olhos, na luz.

O tempo é todo vestido
de amor e tempo de amar.
O meu tempo e o teu
transcedem qualquer medida.

Além do amor, não ha nada,
amar é o sumo da vida.
Pois só quem ama escutou
o apelo da eternidade".

Sonhos - Dulce Peixoto

"Sonhos”
Por: Dulce Peixoto
27052007


Hoje eu acordei... com vontade de sonhar!
Vi você chegar... com um sorriso, e uma flor...
E no coração... o mais lindo sentimento,
O amor...
Que se materializa,
Quando confidenciamos,
As paixões, e as fantasias,
Do coração...
Numa fusão de almas...
Onde somos um só...
Com os mesmos devaneios...
Sonhos... e ilusões...
Uma só alma,
Que foge das dores do mundo...
E no destino...
Pintados pelas mãos do criador,
Encontramo-nos... para ler e reler,
Os pergaminhos da nossa alma,
E a cada dia, essa alma,
Transforma-se em um novo elemento,
Carregando em sua essência,
Percepções... Mistérios... Magia...
Forjando a cada dia,
Uma história... Um sonho... Uma poesia...

CAMINHOS - Marina Castro



CAMINHOS
Por: Marina Castro
27052007


P q nos atamos em sonhos
que voam por aí...
junto com pensamentos
que nos torna mais livres
que a vontade de amar
(que toma-me a alma e o coração)?

P q nos trancafiamos
naqueles olhos alheios
e tão meus...
e sorrimos mais bobas que um olhar reapaixonado?
Olhos aqueles ...que me fizeram mulher
sem encostar-me um dedo...
quando eu era apenas uma menina-moça
perdidas em coisas estranhas:
menarca,
primeiro beijo,
primeiro pêlo?
era o primeiro sentimento...
batendo na porta do coração
que se preocupava apenas em ir p escola;
P q ainda vôo,
mesmo atada a outra mão?
Se é aquele sorriso
que me rouba o chão,
enquanto tento ter fé
na realidade que me engoliu
feito o redemoinho
que me sugou;
a ilusão
que me uniu
ao que estava morto-vivo
no coração da menina
que tenta ser mulher
e não tem forças
pra trocar c o encanto
de um primeiro amor
que surgiu no caminho
e me perdeu no tempo?

De: Marco Para: Claraflor



Pa: Claraflor
De: Marco
27052007


Clara flor,

sabes voar...?
Me parece que sim,
te vejo pássaro
incandescente, surpreendente.
Pousar como o beija flor que não o faz?
Rondar as margaridas e as rosas
como borboleta azul com tarjas negras?
Não... És pássaro amarelo de olhos claros,
que canta a doce melodia
que embala a floresta.
Tudo isso muito séria, é claro!

HOJE, PÁSSARO PASSARINHO,
QUE VOA RENTE, POR SOBRE O PINHO
VÕO SOBERBO, PREPOTENTE
SEI QUE SOU PASSARINHO
SEDENTO DE UM NOVO NINHO

("Pois tudo passa, tudo passará.
Caso não passe, passaredo, eu
passarinho pousarei em outro
lugar.")

PÁSSARO QUE VOA E VÊ
SINTO O SOPRO GÉLIDO DO AR
PERCEBO O GALHO TREMER
MAS PARTO, POIS SEI VOAR;

OUÇO O MAR RUIDOSO
E VOU-ME DESSE ATOL
INFLO O CONVEXO DO DORSO
E RUMO PRO PÔR DO SOL
NÃO CONTES COM MEU CORAÇÃO
NESSES FINS DE VERÃO
SOLTA MINHA MÃO,
TIRE AS UNHAS DO MEU CORAÇÃO
POIS ESTOU TÃO PROPENSO A VOAR
QUE TALVEZ ATÉ FIQUE POR LÁ...

De: Marina Nunes Pa: Mário Quintana

Pa: Mário Quintana
Que hoje (30/06/2006) completaria 100 anos


Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!


Estes versos são publicados nesta data, 30 de julho de 2006, como uma homenagem ao poeta Mario Quintana, que estaria completando 100 anos de idade, se vivo fosse.

Trégua - Nina Mel

Trégua
Por: Nina Mel
27052007

Reluzente espada,
Que tira a vida indomada,
Devolvendo-a a outras eras,
A amada terra.

Porque existem guerras !!
O porque da dor reserva,
A erva que se transforma,
Em grande megera.

Espada bela, tire a vida,
Da erva daninha ,
Que suga a seiva minha.

Ou atire em mim,
A espada cega, para que ,
Num só golpe minha mente tenha trégua.

Amo você! - Dulce Peixoto



Amo Você!
Por: Dulce Peixoto
27052007


Amo!
Esse teu jeito menino,
Esse teu sorriso levado,
Esse teu humor engraçado,
Até esse teu jeito atrapalhado...

Amo!
Quando percorre os meus caminhos,
Beija-me devagarzinho... Faz-me um carinho...
Sussurra no meu ouvido... dizendo,
Que me ama...hoje, mais do que no passado...

Amo!
Quando se deita ao meu lado,
Esquece as suas razões,
Diz-se apaixonado... E as nossas diferenças?
Simplesmente se calam...

Amo!
Ouvir você dizer...
Que apesar das idas e vindas, que a vida dá...
Nosso amor, vai se eternizar...
E o seu coração.... sempre será meu!

Dulce Peixoto



[/]Publicado no Recanto das Letras em 27/05/2007
Código do texto:T502644
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Dulce Peixoto ). Você não pode fazer uso comercial desta obra

Sensibilidades - Marina Nunes

Sensibilidades
Por: Marina Nunes
27052007


Sublime tudo fica claro, como um filme que passa
Voltando-se pelas ruas andando, em pensamentos
Para descontrair, o tempo que se arrasta
Essa transformação, de expressão de um sorriso
Sinto os meus pés, queimando e quente
Juntos os labirintos, das páginas que passam
Embalo-me em uma cadeira de balanço
No colo uma criança linda! Pra mim sorrindo
Esta sensibilidade caminha, na vida de todos nós
São transformações vários rostos em lutas de esperanças
Dorme, canta uma canção de ninar,
Hoje é festa de aniversário vamos brincar...
Sinto seu aconchego junto á corpo meu
Historias que se deu, mais não passou
Profundas e tantas felicidades juntas
Ficariam horas descrevendo, falando de você
Dos momentos, esplêndidos que tivemos
Daria tudo, para começar tudo outros vês

Marina Nunes 12/05/07 15h26min

Mãe-Lucia (vó) - Naza Meskita



Mãe-Lúcia (vó)
Por: Naza Mesquita
28/05/2007

Mãe,
que não colocou no mundo,
mas colocou um sentido
no mundo vazio
do coração repleto de nêuras;
mãe,
que não me esperou até as cinco,
mas deixou o cuidado acordado
esperando a minha volta;
mãe,
que sempre deu-me o colo
do seu sorriso aurora boreal,
secou tristezas
com suas poucas palavras,
de sotaque interiorano;
afagando-me a desilusão
que sentou ao seu lado
em sua poltroninha;
onde o seu cheiro
ainda me parte
e atira na areia movediça
da saudade que não passa;
da saudade que faz rir
com a lembrança,
faz chorar com a vontade
que ainda tenho de tocá-la;
mãe,
que alimentou-me a fome
do não sei o que...
a euforia que roeu-me o estômago
da presa que correu atrás da felicidade;
mãe,
que não disse nada,
sempre disse tudo com o silêncio
dos seus olhos risonhos e atentos
ao que se quer minha'lma conseguiu notar;
mãe-vó...
mãe-Lúcia...

viernes, 25 de mayo de 2007

DELÍRIOS - Marina Castro



DELÍRIOS
Por: Marina Castro
25052007

Muda língua...
muda e carismática,
faz feliz o frio
que tomou-me o arrepio;
nervosas mãos...
que se atropelam de desejo
perdidas nas curvas
do demônio com cheiro de pêssego;
pernas selvagens...
abraços gêmeos que domam
o frenezi de gemidos,
que percorrem as entranhas
perdidos no céu doce e molhando da boca;
doces lábios...
que mordem,
passeiam de mãos dadas com os joelhos
deleitamdo-se em pétalas orvalhadas
do que esse beijo nos causou...
olhos em chamas...
queimam-se perdidos na brancura ofuscante
da nudez selvagem
que se rebela sobre os cobertores;
mata sem piedade
o que quebra o silêncio
e espalha à flor da pele
o vermelho, o estalo,
o néctar de larvas
que se misturam ao suor dos delírios...

ACARICIANDO SAUDADES - Marina Castro



ACARICIANDO SAUDADES
Por: Marina Castro
25052007

Não fala nada!
deixa a saudade acariciar
teu sorriso cansado,
deitado no colo da vontade de te ver;
Deixa os olhos se perderem no silêncio
e trocarem mudos segredos
sorrindo uma para a outra
eu e a menina boba que brilha dentro
dos teus olhos,
sorrindo esse sorriso besta
que só quem já viu
os olhos ofuscarem o espelho
com o brilho da paixão
poderia traduzir as partituras
do coração que canta o teu nome
e te tem em meu silêncio,
escondido embaixo de cobertores e travesseiros
com os pés gelados
dessa falta de você...

Curvas - Claraflor



CURVAS
Clara Flor de Maio


Se assim me foi imposta a condição:
por essas lágrimas...
vir a lavar minhas mãos!
Também nada mais da vergonha ou do gosto
exorcizará pérolas dessas coisas tão porcas

Profundo suor (que corre à flor da pele)
Como impor a alguem que está só
que não se rebele?!
À luz de velas...
Velei o meu "escuro"...

Não adianta vir aqui
Pra checar mais de perto
O que estou a sentir...
Comigo o lance das "curvas"
Acontece tão mais direto!

Quando vieres a sonhar...
No meio do tiroteio...
Os esudos da farsa caíram sobre ti!
Como peso à impiedade desses rodeios...

Olhos singulares - Claraflor



OLHOS SINGULARES
Claraflor


Olhos singulares,
Tragam-me de volta!
Fui de carona
Na despercebida sedução
Desse olhar inocente
E tão culpado,
Por minhas mortas-vivas
Vergonhas-perdidas;
Plurais desejos,
Parem de conjulgar
O eufórico querer!
Procuro um porquê
Pra essa senção-você
Em todos os lulgares,
Em todos os dias,
Em todos meu corpo;
Encontro sempre a paz
Desse teu jeito de ser;
Essa angélical perversão
Em teu sorriso,
Levou-as comigo
Feito afagos;
E lá no fundo da alma
Desse bem-querer,
Recém chegado em mim
A afeição balança a cabeça,
Ri, cansada de tentar me convencer
A voltar dos braços
Desse teu encanto.

MORTE DE UMA ILUSÃO - Claraflor



MORTE DE UMA ILUSÃO
Por: Claraflor


Tuas mãos cravadas em meu pescoço
E o meu ouvido preso ao teu apelo...
Restou-me a paz desse travesseiro
Em quem ainda posso confiar plenamente.

Quanto pagarei a esse amor
Que não deixou lágrimas ou sorrisos?
Deixou apenas uma saudade
Da minha velha parte de mim,
Que morreu nos braços
Das tuas pupilas.

Vou pra tão dentro
Desses olhos calmos,
Vejo-te sorrir das coisas bobas,
Que envenenaram-me o coração...
Morro feliz!
Levando a tua breve existência
No que restou de nós duas;

Morro triste!
Por ver realizado o último desejo:
Vejo-me em teus olhos
Acompanhando meu último momento,
Levaram-me ao vazio
Feito dentes-de-leão,
Perdidos no vento da manhã de sol
Que brilhou o dia seguinte,

Que não esqueceremos
Mesmo sendo pó.
Levarei a manhã de sol florida
Com seus ipês amarelos e rosar,
No que ainda restar
dentro desse outono em meu peito, calado,
Que partiu levanto também a imagem dos teus olhos
A velarem minha ilusão.

VESTIDAS DE POESIA - Claraflor



VESTIDAS DE POESIA
Por: Claraflor


Fiquei ali...
No canto escuro
Olhando a multidão de concorrentes.
Fui longe pensando em chegar perto
Do que pensei em querer ver outra vez...
Fui na fumaça do maldito vício...
Voltei para me proteger de mim.
Maldita nicotina!
Retornou para consolar
A sensação desértica,
Queimando o coração tuaregue
Ladrão da minha ingênua esperança.
Não consegui fugir dessa culpa,
Que ouvi em silêncio,
Sem nada pra discutir,
Sem nada que possa me proteger,
Dessa aflição que vence a força
Que tenho feito
pra trazer de volta o contentamento
Da velha terâpia de aceitação das coisas.
A mesma força
Que veio tantas vezes, bater um papo
Com as minhas tristezas quase alegres,
Com coisas que sonhei, odiei, deixei pra lá;
Voltou para tentar convencê-las
A deixar minhas ilusões em paz,
Devolver-me a inspiração
De coisas que doem e depois
Ficam tão lindas vestidas de poesia.

ADORÁVEL CAFAJESTE - Claraflor



ADORÁVEL CAFAJESTE
Por: Claraflor


Vi outra vez
Aqueles olhos de menina,
Com os seus seios amadurecendo
Sobre a camiseta,
E a menarca
A tomar-lhe de coisas
Que não entendia;
Aqueles olhos de menina
Desceram rumo a cachoeira
Vagarosos, vestido em chinelos de dedo
Pisando em frestas da'gua
Que inundavam-lhe ainda mais
Aquela culpada alma quase inocênte,
Repleta de fogo e loucura
Em seu inferno de sensações juvenis,
Rebeladas em pensamentos tão insanos...
Feito o sorriso com a água pela cintura
A apontar-lhe os braços abertos.
Decorandos sorrisos
Palavras resumidas em qualquer bobagem
Causou-lhe tantas
Aquele adorável cafajeste.

FALTA-ME SORTE... Claraflor



Falta-me sorte ... Sexta 13
Por: Claraflor de Maio


Escurece na caverna silênciosa
da saudade que ainda me assombra...
o coração,
sozinho,
sentado de frente à
caixa azul ,
me disse que o medo
somos nós mesmos q inventamos;
A solidão
é minha maior supertição
Jamais desligo a tv,
sempre escuto
o que Djavan ou Marisa
tem para me dizer;
Não passo em baixo da escada da lembrança
que é pra não deixar
minha tola esperança
me tirar a sorte
que tenho de poder viajar
dentro dos olhos que me sorriem
imóveis dentro da frieza da velha amiga
que nunca me abandonará:
- Maldita máquina, tu ainda me assusta
com essas saudades q são quase fantasmas
aterrorizando o meu voraz coração!


13042007

O CORAÇÃO MORREU EM MEUS BRAÇOS - Claraflor



O CORAÇÃO MORREU EM MEUS BRAÇOS
Por: Claraflor de Maio
Abril 2007

Tenho medo
disso que grita comigo,
vindo de dentro do meu próprio peito!
Sou covarde assim,
exageradamente protetora do meu orgulho ferido;
eu nunca sei dizer não
ao meu coração ...
e sempre acabo ficando calada,
ouvindo ele implorar p q eu não resista...
Estou morrendo,
com meu coração nos braços
e não posso fazer nada,
posso apenas calar,
pra tentar ouvir
o q Deus tem pra dizer
nessas horas.
Vou caminhando devagar
levando dentro de mim
o q sempre foi teu
e agora vai me fazer chorar
dois ou três meses,
até q algum dia
eu lembre q vivi ao teu lado
mesmo ñ estando
e estando sempre em pensamentos...
Tenho os braços do sofá,
cariciando os meus cabelos...
eles me entendem,
eles sabem de tudo,
até das coisas q não contei pra mim;
tenho Marisa, Djan e Chico distraindo a dor
q vc deixou sem perceber
q estava pisando em meus sonhos
mais secretos e verdadeiros;
Eu não posso continuar assim...
tão presa a esse coração q me faz voar tão livre
feito andorinhas naquela velha quadra.
Meu coração morreu
Depois de ter dito a vc suas primeiras palavras
Morreu levando o teu silêncio
Que virou as costa pra essas coisas
q foram tão importantes
ao que me trouxe até aqui ...

A INSPIRAÇÃO DE HOJE - Claraflor



A inspiração de hoje
Por:Claraflor de Maio


Hoje tenho um resto de ressaca
que me fala de decepção, arrependimento,
amizade, ingratidão...
Hoje tenho uma saudade,
que me faz lembrar
dos dias em que fui normal
e li apenas o jornal do dia,
mas por pouco tempo;
Logo o coração começou
a engatinhar
e falou seu primeiro verso,
me perdi e não consegui
mais ser igual as outras pessoas
que as vezes riem,
debochando dessa coisa de poesia:
Pobres mortais,
quem dera um dia,
saberem o que é ter um coração poeta
como esse, que agora é um aborrecente
desobedecendo a razão
e saindo pra fazer coisas
que nunca o imaginei capaz...

OI, DIA! - Claraflor



Oi, dia!
Por: Claraflor
Maio 2007


Deixa o sol-riso
aquecer-me a lembrança
e'u brincar feito criança
correndo na rua molhada de chuva
chutando as poças de saudade
deixa essa inspiração
explodir no céu da paixão
e no arco-íris
que desperta a poesia
enfeitar o céu
das minhas idéias.

VERDADE DOS POETAS FAZ CHORAR - Claraflor



VERDADE DOS POETAS FAZ CHORAR...
Por: Claraflor
Ao amigo Sal (resposta à sua poesia PAIXÃO)


Os poetas são piores que a verdade!
A verdade a gente acaba aceitando,
Com todo aquele choro,
que vem dois ou três meses
pra acompanhar corações
que lutam para se desapaixonarem...
Mas a verdade dos poetas
deixou o coração da pobre moça, chorando
e'u, que hoje não tinha fumado nenhum meio
estou tremendo na janela,
com esse resentimento
que deixou um gosto de inveja
depois q a caixa azul maldita, ingrata
acovardou minhas esperanças tolas de adolescência,
esses dois se merecem:
a ilusão,
porquê me fez acreditar em sonhos
e a esperança
que é sempre a última que morre
mesmo vendo a gente morrer por dentro...
sinto o gosto dos beijos
do meu doce alheio amor
escorrerem em meus lábios
com um gosto salgado
a torturar-me nessa fossa ...


14042207

ANJO MALVADO - Claraflor



Anjo malvado ...
Po: claraflor de Maio


Não ache engraçada essa dor
que me trouxe em casa
depois de outra dose homeopática
do meu veneno bendido,
que rodopiava no fundo do copo
e curava essa saudade
até amanhã.
Eu sou assim ...
pareço um pouco com a ilusão
que me jogou com força
nos braços do olhar
do meu mestre cansado,
do pó
e das palavras repetidas
que escreveu a semana inteira
no quadro;
A ilusão é mais piedosa
que a sinfônia do arrependimento
a estrondar meu peito.
Estou tentando sobrevir
ao golpe que a solidão
me aplicou outra vez ...
A solidão sempre me convida
para mergulhar naqueles olhos morenos
Olhos Ronaldianos,
que hoje exorcisam
as minhas loucuras
e não olham mais dentro dos meus.
Acho que estou morta
tentando arrastar meu corpo
até a sala,
fingir que não vi
o marrom que passou ao meu lado
enquanto o coração pulava
no corrêgo vazio da paixão cruel
e analfabeta;
joguei meus olhos no chão
pra não cair novamente na tentação
daquele sorriso
que não era pra mim,
mas passou por mim...


22042007

ANJO - Claraflor



Anjo!
Por: Claraflor de Maio


Olhos fechados
madrugada aberta
levou um pensamento pela mão
até o quintal
onde achamos
tua alma poética
resitando para as estrelas
a tua inspiração
A inocência
da minh'alma angelicalmente demôniaca
vestida de poesia
e do olhar
que bebeu teus olhos
voltou dos meus devaneios
segurando nas paredes
das palavras
que escondem teu olhar
Meus olhos embreagados
em tua linda
não me deixam olhar nos teus
voltam para cair em mim
querem devolver-me para a cama.

ESTRANHAS? - Claraflor



Estranhas?
Por: Claraflor


Estranhei-me chegando na rodoviária,
perdi-me entre os olhos
q iam e vinham:
as pernas, q quase atropelavam-me a educação;
estranhei os olhos do coração
parados naquela maltrapilha,
confortavelmente acolhida por um canto sujo
e o colo imundo da imundicei...
meus olhos não aprenderam a ver
e passarem direto
sem ferirem o peito analfabeto
do "deixa pra lá",
do "é assim mesmo",
do "o q se pode fazer?"
vendo essas pequeninas
sugarem o seio da mão estendida
q pedia algumas moedas de caridade;
não sei ser gente como eles ...
que estão logo ali...
tão próximos ao caos das seis e meia...
eles estão no colo dos poderes triviais
poderes inúteis
que deixam os pobres miseraveis
na miséria da misera vida:
o muleque com a caixa de jujubas,
a velha com a caixa de isopor,
o homem na cadeira de rodas,
o cego em sua sanfona mendigando alguns trocados.
Voltei estranha...
estranhei a casa,
os móveis,
o sorriso dos meus cachorros
e até a mim,
que nunca percebi
o quanto tenho...