domingo, 2 de diciembre de 2007

ÊXTASE - claraflor




24112007


Lágrimas de suor amamentam os lábios
de uma saudade q pos o peito pra dormir
chorando a falta dos alheios carinhos
e o ultimo suspiro da tola esperança
luxuria da sensibilidade
pintou os olhos de negro
vestiu suas gotas de laguna
e no agulha ganhou o ceu e o infeno
q possuem o ser na deliciosa sensação
quase infernal
do meu ceu estrelado d insonia
teu cheiro impregnado
no vazio das cortinas açanhadas
c o vento da madrugada
arranham as costas do travesseiro
e por um minuto inteiro
vão ao extase do choro preso na garganta
do tesão a devaçar suas forças
enfraquecidas d um vazio maior q o silencio
da euforia a enforçar a mão solitária
da sensação escondida entre as cobertas
cumplices do piscar d olhos
o pulsar do peito da orquidea a orvalhar petalas
e pintar as unhas do orgasmo c o seren

PÉS DESCALÇOS - claraflor




23112007

poros
estrondo cardiaco
e o q ainda há em mim do eu
q me arrastou pra dançar de pes descalços
até q o chão voltasse aos meus pés
depois dos teus olhos em outros olhos
nos mesmos olhos q incendiavam
o sorriso a triturar-me junto dos meus segredo
e o coração chorava por dentro a minha falta
de qdo eu era apenas eu
sem a maldição dos olhos demoniacos
a me levarem ao ceu
no extase das mil estrelas fogosas
perdidas no céu da boca q envenena o meu peito
contra mim e contra todas a loucura
dentro da anormalidade poetica
q escorre na face triste alegre
do q ainda estava quente
qdo o desejo
penetrou até o fundo da alma tarada em erupções
De amor ódio e tesão ...

ÓDIO - claraflor




07112007

morno faz de conta
a guiar pela mão o q fez de mim um tudo ou nada
a rodopiar pelo salão vestida da falsa alegria
q escondeu no fundo dos olhos o calor do fundo dos lábios
tão fundos abraçados a língua muda do silêncio
e o q roi por dentro
faz também rir olhando a cara nua da tristeza
no espelho do silencio
a negar o ciume q é só piada
de mão dada no canto escuro do peito
a rir de mim q não sei ser triste
ou da tristeza q ñ sabe ser eu por um eterna instante
d um minuto e meio
presa ao flash dos olhos tantricos
a envenenarem a minha'lma vestida de suor
e resentimento por ver meus lábios
em outros lábios e os outros lábios a rirem d mim
E de nós duas...

O COMA PERFEITO - claraflor



08/11/2007


Sentado em seu mesmo canto
o velho companheiro vestido em nicotina
de mãos dadas com o silencio absurdo
de pensamentos nus
a correr pelas entrequadras
Se foi a fumaça do q ainda queima por dentro
sem querer dizer-te nada
ou no silencio de um mesmo olhar
dizer-te tudo ...
O velho olhar que já foi menino
nos braços da ingenua tolice que fez de proposito
só pra maltratar mais um pouco a poesia
até que ela não fosse mais poesia
Fosse apenas silêncio
E o silêncio não fosse mais silencio
Fosse apenas a mudez
que levou a inspiração ao como perfeito

PORRE - Claraflor



07112007


corpo no chão
desenho de giz ao redor da neura
ao redor da falta de graça
embreagada saudade de dois dias seculares
uniu a desgraça á vã esperança do teu sorriso
e já nem sei quem sou
quando me acho debaixo do chuveiro
vestido no mesmo sorriso q usei pra enganar
a tristeza q fingia não estar triste
tristemente alegre
o bastante pra afogar o q era só tristeza
no vomito do que era alegre
vestido em sua mascara de um sorriso amarelo
Aqueles olhos atiraram no chão
a vá tentativa de olhar p as estrelas
e fingir q a lua não ria da fumaça q escondia
dentro do fiel alcatrão
as cinzas do tédio
as cinzas do inferno de sensações
unindo o
coração
ao desejo mais profundo d estrangular o peito
q amarrava a garganta e matava por dentro
escarrando no resto de nós o cuspe do cão...

FRIO - claraflor



04112007


vesti o corpo do sorriso que guardei dentro do armário da saudade
pra lembrar do riso besta que tão bobo fez a corte ao meu bobo eu
embriagada em paranoias com gosto de vinho no ceu da boca
da cretina saliencia que anda nua pela casa dos pensamentos
e lá de baixo eu quis gritar o nome ouvir o nome descendo as escadas
com ou sem boné ouvir o nome olhando a cara tola de uma vontade
enorme e tão grandemente pequenina a gritar dentro do meu inferno
de portas e cortinas
o meu inferno molhado c a chuva de novembro
e outras mais prazerosas que o teu inebriante veneno kalviniano
e outras neuras q a chuva fica olhando atras da janela
onde escorre a solidão que me faz poeta arrombada de euforia
que me faz virgem e quase uma maria
na casa muda e falante na casa que ainda canta o teu riso
dentro da caixa de pandora do coração que se foi
e voltou correndo com o olhar q guardei pra saudade...

HORAS VAGAS - claraflor




04112007


um drink
dois cubos d insonia n'alma gelada do fogo
q queima a outra perdida em horas vagas
Na almofada um pensamento insano
a dançar p os olhos nus
romanticas esperanças tolas
mais q nós e eles
q são apenas sonhos vestidos de desejo
O desgraçado peito
a tocar a canção do amor alheio e tão delas
Embriagadas esperanças cambaleando no fim da festa
onde o eu fugia de mim
e davamos d cara a face dos nossos olhos
Cinzeiro cheio do q resta d bom
da velha nova intensão
q ainda convence q é bom amanhecer
c o oleo sobre tela dos olhos pintados
sobre a viva lembrança do teu riso
respirar d novo o sol de um novo maldito dia
Quero a torre do patio
a lagrima piedosa do abutre
a devorar a mistica fé dos descrentes
na fé em Deus na fé em deuses
no deus dos olhos-anjos bebados
c cheiro d demonio
olhando o corpo nu dos pulsos
dançarem pelo ralo do banheiro
cortando por dentro a solidão