viernes, 25 de mayo de 2007
ANJO MALVADO - Claraflor
Anjo malvado ...
Po: claraflor de Maio
Não ache engraçada essa dor
que me trouxe em casa
depois de outra dose homeopática
do meu veneno bendido,
que rodopiava no fundo do copo
e curava essa saudade
até amanhã.
Eu sou assim ...
pareço um pouco com a ilusão
que me jogou com força
nos braços do olhar
do meu mestre cansado,
do pó
e das palavras repetidas
que escreveu a semana inteira
no quadro;
A ilusão é mais piedosa
que a sinfônia do arrependimento
a estrondar meu peito.
Estou tentando sobrevir
ao golpe que a solidão
me aplicou outra vez ...
A solidão sempre me convida
para mergulhar naqueles olhos morenos
Olhos Ronaldianos,
que hoje exorcisam
as minhas loucuras
e não olham mais dentro dos meus.
Acho que estou morta
tentando arrastar meu corpo
até a sala,
fingir que não vi
o marrom que passou ao meu lado
enquanto o coração pulava
no corrêgo vazio da paixão cruel
e analfabeta;
joguei meus olhos no chão
pra não cair novamente na tentação
daquele sorriso
que não era pra mim,
mas passou por mim...
22042007
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
No hay comentarios:
Publicar un comentario