martes, 29 de mayo de 2007

ELE VIVIA -

ELE VIVIA
Nathanael
29052007

Ele vivia como se não sofresse. Pulava os monturos de cinzas químicas. Como se nunca tivesse amado. Mas eu sabia do seu amor potencial. A coragem lhe vinha de nunca ter sido atingido ou se o foi aconteceu há muito.
Mordidas em seu coração não eram senão cócegas. Aquela bomba nuclear que viste não lhe atingiu. Você acredita nisso?
Porém, não te fies nele, agora. Não te aproximes. Não faças barulho. Está muito diferente. Não tem mais aquela delicadeza que me viste imitar e que era mais dele do que minha. Eu acreditava que podia ser como ele, quando era calmo e espelhado como a superfície de teus olhos.
Mas bastou ele enxergar o vulto leve e flutuante sob novos céus, bastou isso para a mudança. O Deus se fez escravo e abandonou suas criaturas.
Avalias agora como o teu vulto transparente traz tempestades e catástrofes?

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