viernes, 25 de mayo de 2007
OLHOS DE RECIFE - Claraflor
Olhos de Recife
Por Claraflor
Curvas repletas de vagalumes enfileirados em filas duplas,
engarrafados pensamentos no caos da saudade,
brilhando em tuas curvas
enfeitadas com colares de faróis acessos;
Os mesmos olhos que já estiveram abraçados
aos do retrovissor,
agora estão cegos,
perdidos no nexo sem nexo
do que deu carona,
aos recifes de sonhos perdidos e achados ...
Mar de larvas do planalto central
queima o íntimo, o secreto, o labirinto
dos segredos que o eu escondeu de mim
para que'u não soubesse
a certeza dúvida da maldição dos anjos!
Vou, de mãos dadas com o amor,
perdido em flores de ipês rosar e amarelos;
flores que um dia foram rosas vermelhas
surpreendendo-me do que eu mesmo
nunca acreditei que pudesse tanto: duvidei!
Chego ao colo trivial dos teus poderes inutéis,
ao que me aquece os olhos marejados
de sonhos-pesadelos que ainda me acendem a alma da desumana ilusão;
lágrimas de silêncio tremendo em tuas chamas...
No panteaon do vazio
encontro apenas o abraço das folhas secas,
dançando no vento frio de Maio
e o gosto tinto, de sangue,
ardendo-me com o frio da ausência;
o coração, que me fere
pra servir-me de exemplo
ou por vingança
ainda me mantem vivo.
Morro lentamente olhando na lua de Brasília
os olhos de Recife...
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